As vaias para o juiz na final do US Open de 2018 não jogaram os holofotes só sobre Serena Williams (punida com a derrota) e a causa feminista. Eles revelaram ao mundo a primeira afro-americana que preside o board e é CEO da United States Tennis Association (Usta), além de ser a primeira que é ex-tenista e a mais jovem a ocupar os dois cargos.

Katrina Adams, que mereceu um perfil na revista Strategy & Leadership, liderou a organização do mais importante dos Grand Slams entre 2015 e 2018 e, assim, ajudou as tenistas mulheres a reduzirem o gap de ganhos em relação aos homens. Em junho de 2018, as dez melhores atletas femininas do mundo acumulavam US$ 105 milhões, de acordo com a Forbes, e dessas, oito vinham do tênis. No US Open de 2018, os campeões masculino e feminino receberam a mesma premiação de US$ 3,8 milhões.

Adams ainda facilitou a volta das tenistas ao circuito competitivo após a gravidez; por causa dela, mães recentes não perdem o ranqueamento e conseguem disputar torneios mais lucrativos. Adams também aposentou a cultura country club da Usta, incluindo mais minorias na equipe.